Passeando na net encontrei o blog Alma Livre e nele o artigo entitulado ” A História das Coisas” escrito por Paulo de Souza Lima. O autor faz uma análise do movimento do software livre com o consumismo tecnológico exarcebado que tem ajudado a destruir nosso planeta e principalmente como o SL pode ajudar a inverter este processo. O texto não é meu, tanto o filme quanto o post completo, que replico aqui está disponível em:
Fonte: http://almalivre.wordpress.com/2009/10/07/a-historia-das-coisas/
“No post anterior “Por que o cidadão consciente deveria optar pelo software livre, sem restrições?“, fiz uma conexão entre a obsolescência planejada, o consumismo e a velocidade da transformação tecnológica, deixando implícito que essa “transformação rápida” da tecnologia não é necessária, nem tampouco, saudável para a sociedade.
Existe um filme disponível no site Youtube entitulado “The Story of Stuff“, e sua versão dublada em português “A história das coisas”. O filme trata de explicar como funciona o processo de extração de matérias primas, transformação em produtos, distribuição aos “consumidores”, até seu descarte nos lixões ao redor do planeta. O filme é tão dinâmico, didático e fácil de entender, que até meus filhos gostaram de assistir.
Uma sinopse do filme está disponível em: http://filmes.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=240
Mas o que tem isso a ver com o software livre ou com esse blog? Eu diria que muito, se não tudo. Vejamos: o maior fornecedor mundial de software é, também, dominante do mercado. Com essa posição, a prática da obsolescência planejada é uma prática muito lucrativa, já que obriga seus “consumidores” (sim, é isso que você é para eles, não uma pessoa, um ser humano) a migrarem de uma versão mais antiga para uma mais nova, mantendo o giro do negócio. Mas porque esse fornecedor de software tem participação no aumento de lixo tecnológico mundial?
Faça as contas:
– A cada 5 anos, aproximadamente, a empresa troca seu sistema operacional por uma versão mais nova.
– Cada versão mais nova exige computadores mais potentes, com mais memória, mais espaço para armazenamento, mais velocidade de processamento, o que implica em mais consumo de energia e mais emissões de carbono na atmosfera.
– As máquinas antigas são descartadas sem a menor preocupação com a reciclagem e com o destino dos materiais empregados na sua construção, muitos deles tóxicos.
– As próprias atualizações de uma mesma versão de sistema provoca um aumento na necessidade de potência de máquina.
– O fato do sistema ser vulnerável, obriga o “consumidor” a utilizar programas extras (antivirus, antispyware, firewall, etc.),que também exigem sua cota de processamento da máquina e, o “consumidor”, é obrigado a comprar uma máquina que suporte toda essa carga.
– A indústria de hardware é pressionada pela de software a buscar soluções cada vez mais velozes. Isso se dá não porque o hardware é lento e obsoleto mas, principalmente porque o software é mal feito, ou seja, não há uma metodologia para racionalizar o código fonte dos programas. Por exemplo, um programa que poderia fazer uma tarefa com 1000 linhas de código, tem 3000 ou 4000 linhas porque utilizam-se métodos não racionalizados de programação. Isso exige mais processamento e, consequentemente, mais potência da máquina.
As montanhas de lixo tecnológico estão aumentando apenas porque alguns fabricantes que dominam o mercado mundial de informática “precisam garantir o lucro dos acionistas”.
O software livre, a começar pelo GNU/Linux, não exige computadores potentes para fazer o mesmo que o sistema operacional mais popular faz, com mais qualidade, mais segurança e mais eficiência de código. Isso significa que você não precisa comprar um computador a cada 3 ou 4 anos só porque seu fornecedor lançou um sistema mais novo. isso diminui a pressão pelo desenvolvimento de máquinas mais poderosas, aumenta a vida útil dos equipamentos existentes, ajudar a diminuir o lixo tecnológico e economiza dinheiro, o seu dinheiro, que deixa de ir para “os acionistas” dessas grandes empresas.
Bom, se você acha que estou sendo pessimista e alarmista, assista ao filme e tire suas próprias conclusões. Depois, considere sinceramente, começar a utilizar software livre para ajudar a despoluir o planeta.”
De fato, podemos afirmar que software livre é software verde, pois contribui para a diminuição do lixo tecnológico e consequentemente para reverter o processo de destruição do planeta. E agora, o que estamos esperando para adotar o SL como padrão em nossos lares?
Obrigado pelo “ping back”, Sinara.
[…] é software verde. Há alguns dias, recebi um comentário de Sinara Duarte do blog “Software Livre na Educação” no post “A História das coisas“. Ela colocou um ping back do post em seu blog e […]
Muito bom !!!